sábado, 9 de abril de 2011
Aprendendo com as crianças
Aprendendo com as crianças
Por Luís Eduardo Machado
Gostaria de propor uma simples comparação entre alguns hábitos das crianças e a atitude oposta dos adultos.
... Crianças têm uma impressionante habilidade de se relacionar, já a maioria dos adultos são ‘travados’. Lembro-me que recentemente fui a uma festa de aniversário de uma criança. Percebi que um antigo colega de faculdade estava na festa acompanhado de sua pequena filha. Vocês não têm idéia de como estava difícil para dois homens adultos manterem uma conversa ‘com assunto’. Depois de algum tempo, a conversa já estava ‘difícil’, já não havia o que dizer; foi aí que vi uma cena muito interessante: enquanto os dois adultos estavam ‘travados’, uma criança pequena se aproximou de nós, fitou os olhos na filha de meu colega e, apesar de nunca tê-la visto antes, fez um aceno com o braço (daqueles que significam: “ei, vamos brincar”). Resumindo, enquanto nós passamos a festa inteira ‘formalmente travados’, as duas crianças (que nunca haviam se visto antes), estavam se relacionando e brincando felizes. Lição disso tudo: precisamos buscar os relacionamentos como as crianças buscam: com simplicidade, coragem e desejo de compartilhar.
... Crianças sempre se alegram com pouco, já os adultos, mesmo tendo muito, nunca estão contentes. Lembra de quando você tomava banho de chuva (ai que delícia!), lembra quando jogava bola na rua ou quando se encantava olhando a procissão das formigas (aliás, até hoje fico intrigado com aquela interminável fila de formigas). Lembra das brincadeiras? Lembra como a gente era mais feliz com muito menos do que a gente tem hoje?
... Crianças são mais honestas do que os adultos. A criança vê aquele cabelo horrível daquela moça e diz (bem alto): “Olha mãe, que feio! Parece uma árvore de Natal!” Já os adultos na mesma situação, embora pensem a mesma coisa, dizem: “Mas que bonito o seu cabelo, é moderno!”.
Eu prefiro a sinceridade das crianças à dissimulação dos adultos. Como é bom ser criança e não precisar viver de ‘aparências'. (é claro que tenho consciência de que, às vezes, as crianças abrem a ‘boquinha’ para colocar os pais numa tremenda fria).
... Crianças confiam mais, se entregam mais, sorriem mais e também choram mais (que saudade de poder chorar sem que ninguém fique me julgando e me achando fraco...). Já os adultos são desconfiados, muitas vezes são infiéis, não têm muito tempo para sorrir e o pior: mesmo arrebentados por dentro, têm vergonha de chorar.
... É incrível! É só aparecer um bebê que até o mais ‘durão’ dá um sorrizinho e faz um gracejo. As crianças conquistam facilmente os outros. Já os adultos, para conquistarem os outros, compram carrões, fazem plásticas, falam de seu ‘cargo’, esnobam, etc...
Aaaaai! Chego ao final desse artigo suspirando de saudosismo. Mas tenho consciência de que a vida de adulto continua e que os ‘bons tempos’ não voltam mais. Mesmo assim, fico pensando se não poderíamos adotar algumas das práticas dessas ‘criaturinhas’ para a nossa vida ficar um pouco mais colorida...
fonte: http://www.aprimoramento.com.br/educandofilhos/
Gostaria de propor uma simples comparação entre alguns hábitos das crianças e a atitude oposta dos adultos.
... Crianças têm uma impressionante habilidade de se relacionar, já a maioria dos adultos são ‘travados’. Lembro-me que recentemente fui a uma festa de aniversário de uma criança. Percebi que um antigo colega de faculdade estava na festa acompanhado de sua pequena filha. Vocês não têm idéia de como estava difícil para dois homens adultos manterem uma conversa ‘com assunto’. Depois de algum tempo, a conversa já estava ‘difícil’, já não havia o que dizer; foi aí que vi uma cena muito interessante: enquanto os dois adultos estavam ‘travados’, uma criança pequena se aproximou de nós, fitou os olhos na filha de meu colega e, apesar de nunca tê-la visto antes, fez um aceno com o braço (daqueles que significam: “ei, vamos brincar”). Resumindo, enquanto nós passamos a festa inteira ‘formalmente travados’, as duas crianças (que nunca haviam se visto antes), estavam se relacionando e brincando felizes. Lição disso tudo: precisamos buscar os relacionamentos como as crianças buscam: com simplicidade, coragem e desejo de compartilhar.
... Crianças sempre se alegram com pouco, já os adultos, mesmo tendo muito, nunca estão contentes. Lembra de quando você tomava banho de chuva (ai que delícia!), lembra quando jogava bola na rua ou quando se encantava olhando a procissão das formigas (aliás, até hoje fico intrigado com aquela interminável fila de formigas). Lembra das brincadeiras? Lembra como a gente era mais feliz com muito menos do que a gente tem hoje?
... Crianças são mais honestas do que os adultos. A criança vê aquele cabelo horrível daquela moça e diz (bem alto): “Olha mãe, que feio! Parece uma árvore de Natal!” Já os adultos na mesma situação, embora pensem a mesma coisa, dizem: “Mas que bonito o seu cabelo, é moderno!”.
Eu prefiro a sinceridade das crianças à dissimulação dos adultos. Como é bom ser criança e não precisar viver de ‘aparências'. (é claro que tenho consciência de que, às vezes, as crianças abrem a ‘boquinha’ para colocar os pais numa tremenda fria).
... Crianças confiam mais, se entregam mais, sorriem mais e também choram mais (que saudade de poder chorar sem que ninguém fique me julgando e me achando fraco...). Já os adultos são desconfiados, muitas vezes são infiéis, não têm muito tempo para sorrir e o pior: mesmo arrebentados por dentro, têm vergonha de chorar.
... É incrível! É só aparecer um bebê que até o mais ‘durão’ dá um sorrizinho e faz um gracejo. As crianças conquistam facilmente os outros. Já os adultos, para conquistarem os outros, compram carrões, fazem plásticas, falam de seu ‘cargo’, esnobam, etc...
Aaaaai! Chego ao final desse artigo suspirando de saudosismo. Mas tenho consciência de que a vida de adulto continua e que os ‘bons tempos’ não voltam mais. Mesmo assim, fico pensando se não poderíamos adotar algumas das práticas dessas ‘criaturinhas’ para a nossa vida ficar um pouco mais colorida...
"não" da mãe e o "não" do pai
O "não" da mãe e o "não" do pai.
Por Luís Eduardo Machado
Uma amiga querida me disse: "Não sei o que acontece, passo o dia inteiro com a minha filha (de 2 anos), quando eu digo "não" as vezes ela me obedece, as vezes nem liga. Mas, quando o meu marido chega em casa e diz "não", só pelo olhar dele para ela, a criança já chora e obedece na hora"
Parece que nesse caso o "não" do pai é mais forte que o "não" da mãe. Creio que isso acontece em muitos lares. Gostaria de tentar explicar o porquê.
Creio que as razões pelas quais pais tem mais "poder" sobre as crianças (cada caso é um caso) são:
a) muitas mães ainda ficam o dia inteiro com os filhos. Num dia são ditos uns 100 "nãos". Cada "não" dito vai desvalorizando/gastando a autoridade da mãe. Imagine que cada "não" seja um débito na conta do relacionamento, quando mais a mãe usa, vai ficando com saldo menor.
Quando o pai chega (geralmente do trabalho) e diz um "não", trata-se de um "não" único e poderoso, novinho em folha. O pai não dissera nenhum "não" até aquele momento, então o seu saldo é maior do que o da mãe. É muito mais fácil uma criança respeitar o primeiro "não" do que respeitar o 101º "não".
b) homens são mais feios do que as mulheres (risos). Quando um pai fala "não" a aparência é quase sempre mais assustadora para a criança do que quando uma mulher o diz. Homens geralmente são maiores e têm voz mais grave e isso influencia nas crianças pequenas.
c) Deus deu ao homem uma posição de autoridade sobre a família. É esperado que o "não" do pai imponha respeito. Quando o "não" do pai não causa mudança, creio que a família está perdida! (creio que o "não" da mãe também deve impor respeito e que a criança está debaixo da autoridade dos dois).
Mas, o que as mães devem fazer diante de tudo isso? Permita dar alguns conselhos as mães:
I) não gaste os seus "nãos" com coisas sem importância! Guarde o "não" para questões morais e de desobediência. Muitas mães usam muito essa palavra para qualquer coisinha boba e assim banalizam a proibição. Dizer "não" para uma mentira é mais relevante do que dizer "não" quando o filho quer brincar de massinha e não de carrinho. Guarde o "não", selecione o seu uso. Resumindo: não desgaste a sua autoridade "brigando" por besteiras, guarde a sua autoridade para as coisas relevantes da educação.
II) não desista de educar, nem de corrigir, nem de proibir os seus filhos. A mãe deve ser respeitada e seguida pelos filhos. Nunca diga "quando o seu pai chegar você vai ver!". Se você fizer isso a criança vai aprender que a sua autoridade não vale nada, e isso será uma desgraça na vida dela. Mãe, você precisa ter autoridade na vida dos seus filhos, para o bem deles!
III) não permita que seu marido se omita da disciplina dos filhos nem que seja ausente da vida comum do lar.
IV) nunca permita que os filhos joguem com a divergência dos pais. Quando a mãe diz "não", o pai concorda e vice-versa. Depois (os pais) podem conversar sobre o assunto e mudar (juntos) de opinião. Cuidado com o "você não deixa, mas o papai deixa!". Isso causa danos a educação dos filhos. Os pais devem estar juntos nas proibições e "nãos".
Força mães, que Deus lhes dê sabedoria e lhes recompense por muitas vezes sacrificarem as suas vidas profissionais em favor dos seus filhos.
Fonte: http://www.aprimoramento.com.br/educandofilhos/
Uma amiga querida me disse: "Não sei o que acontece, passo o dia inteiro com a minha filha (de 2 anos), quando eu digo "não" as vezes ela me obedece, as vezes nem liga. Mas, quando o meu marido chega em casa e diz "não", só pelo olhar dele para ela, a criança já chora e obedece na hora"
Parece que nesse caso o "não" do pai é mais forte que o "não" da mãe. Creio que isso acontece em muitos lares. Gostaria de tentar explicar o porquê.
Creio que as razões pelas quais pais tem mais "poder" sobre as crianças (cada caso é um caso) são:
a) muitas mães ainda ficam o dia inteiro com os filhos. Num dia são ditos uns 100 "nãos". Cada "não" dito vai desvalorizando/gastando a autoridade da mãe. Imagine que cada "não" seja um débito na conta do relacionamento, quando mais a mãe usa, vai ficando com saldo menor.
Quando o pai chega (geralmente do trabalho) e diz um "não", trata-se de um "não" único e poderoso, novinho em folha. O pai não dissera nenhum "não" até aquele momento, então o seu saldo é maior do que o da mãe. É muito mais fácil uma criança respeitar o primeiro "não" do que respeitar o 101º "não".
b) homens são mais feios do que as mulheres (risos). Quando um pai fala "não" a aparência é quase sempre mais assustadora para a criança do que quando uma mulher o diz. Homens geralmente são maiores e têm voz mais grave e isso influencia nas crianças pequenas.
c) Deus deu ao homem uma posição de autoridade sobre a família. É esperado que o "não" do pai imponha respeito. Quando o "não" do pai não causa mudança, creio que a família está perdida! (creio que o "não" da mãe também deve impor respeito e que a criança está debaixo da autoridade dos dois).
Mas, o que as mães devem fazer diante de tudo isso? Permita dar alguns conselhos as mães:
I) não gaste os seus "nãos" com coisas sem importância! Guarde o "não" para questões morais e de desobediência. Muitas mães usam muito essa palavra para qualquer coisinha boba e assim banalizam a proibição. Dizer "não" para uma mentira é mais relevante do que dizer "não" quando o filho quer brincar de massinha e não de carrinho. Guarde o "não", selecione o seu uso. Resumindo: não desgaste a sua autoridade "brigando" por besteiras, guarde a sua autoridade para as coisas relevantes da educação.
II) não desista de educar, nem de corrigir, nem de proibir os seus filhos. A mãe deve ser respeitada e seguida pelos filhos. Nunca diga "quando o seu pai chegar você vai ver!". Se você fizer isso a criança vai aprender que a sua autoridade não vale nada, e isso será uma desgraça na vida dela. Mãe, você precisa ter autoridade na vida dos seus filhos, para o bem deles!
III) não permita que seu marido se omita da disciplina dos filhos nem que seja ausente da vida comum do lar.
IV) nunca permita que os filhos joguem com a divergência dos pais. Quando a mãe diz "não", o pai concorda e vice-versa. Depois (os pais) podem conversar sobre o assunto e mudar (juntos) de opinião. Cuidado com o "você não deixa, mas o papai deixa!". Isso causa danos a educação dos filhos. Os pais devem estar juntos nas proibições e "nãos".
Força mães, que Deus lhes dê sabedoria e lhes recompense por muitas vezes sacrificarem as suas vidas profissionais em favor dos seus filhos.
Fonte: http://www.aprimoramento.com.br/educandofilhos/
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